Sob o comando do especialista em Leis de Incentivo Fiscal, Jorge Muzy, e do ex-Presidente da Embraer, Ozires Silva, o INSTITUTO VALOR promove no próximo dia 18 de julho, no Centro de Convenções WTC, no hotel Sheraton, em São Paulo, o 1º Seminário Nacional de Incentivo à Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento. Com a participação da ex-senadora Marina Silva, o encontro tem como objetivo discutir o uso estruturado dos recursos públicos e privados em prol da Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento e os impactos positivos na economia do Brasil e na geração de emprego e renda.
“Vamos debater quais são os obstáculos que o Brasil têm enfrentado para gerar inovação. Precisamos avaliar, por exemplo, porque os Estados Unidos, com a mesma idade, a mesma dimensão, no mesmo continente e com recursos naturais mais escassos do que o Brasil, conseguiu atingir um alto nível de desenvolvimento, particularmente no Estado da Califórnia”, antecipa Ozires Silva, ex-Ministro da Infraestrutura.
“Queremos promover um seminário provocativo, que nos leve a pensar sobre esta e outras questões, e convidamos Mory Gharib, Vice-reitor do Caltech (California Institute of Technology), para nos contar como os Estados Unidos conseguiram se posicionar entre os países mais desenvolvidos do mundo e qual foi o papel da inovação neste processo”, completa.
“Reuniremos executivos de empresas inovadoras, representantes da sociedade civil e de importantes entidades para debater quais são os caminhos para colocarmos o Brasil definitivamente em posição de destaque na economia criativa e na inovação mundial”, assinala Jorge Muzy, presidente do Conselho de Administração do Instituto Valor e idealizador do seminário. “Queremos despertar o interesse para áreas com grande potencial para o desenvolvimento de projetos inovadores e identificar oportunidades de investimento em inovação”, acrescenta.
De acordo com o estudo ‘Indicador da Sociedade da Informação (ISI)’, realizado pela consultoria Everis em parceria com a IESE Business School, o grau de desenvolvimento tecnológico do Brasil tem registrado um crescimento menor do que o de outros países latino-americanos. Os investimentos anuais em pesquisa atingiram US$ 24,2 bilhões, enquanto os Estados Unidos dedicam US$ 398,2 bilhões.
Para Jorge Muzy, das universidades ao sistema empresarial, todos os setores apresentam deficiência ou poderiam ter melhores resultados caso recebessem maior apoio. “Como o campo é vasto, áreas como petróleo e gás, ciências do mar, biotecnologia, nanotecnologia, biomassa e energias alternativas, semicondutores e softwares, fármacos e medicamentos, podem ser consideradas estratégicas”, analisa.
Ele lembra que este quadro desfavorável pode mudar, já que existem ferramentas ainda pouco conhecidas e utilizados, como o programa de incentivo regulado pela Lei 11.196, a Lei do Bem, que concede benefícios fiscais a empresas que tributam pelo lucro real caso apliquem os recursos em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento.
“Mas, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, somente 400 empresas utilizam. Não por falta de interesse, mas por desconhecimento”, alerta. Este seminário terá o papel de, justamente, formar uma ponte entre o poder público, a sociedade e a classe privada. Será um encontro da informação, dos tomadores de decisão, gestores e autoridades para esclarecimentos sobre a Lei, suas formas, desdobramentos e retorno”, acrescenta.
O grande destaque internacional do evento será Mory Gharib, Vice-reitor do Caltech (California Institute of Technology). Além dele, está confirmada a participação de um seleto time de palestrantes, como Benjamin Sicsú, Vice-Presidente de inovação da Samsung; Jesper Rhode Andersen, Diretor de Inovação da Ericsson; Osvaldo Barbosa de Oliveira, Diretor Geral do LinkedIn; Bruno Rondani, do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da FIESP; Helena Veiga de Almeida, Chefe do Departamento de Inovação do BNDES; Paulo Mol Júnior, Diretor de Inovação da CNI; e João Alberto De Negri, Diretor de Inovação da FINEP.