Incentivo à tecnologia e inovação é tema de seminário em São Paulo
A inovação deve orientar e sustentar todo o desenvolvimento econômico social, pois somente por meio da geração e incorporação de tecnologia inovadora será possível ampliar a produtividade e elevar a competitividade das empresas brasileiras
A inovação deve orientar e sustentar todo o desenvolvimento econômico social, pois somente por meio da geração e incorporação de tecnologia inovadora será possível ampliar a produtividade e elevar a competitividade das empresas brasileiras. Este é o conceito chave do 4º Seminário Nacional de Incentivo à Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento, que será realizado pelo Instituto Valor em co-realização da Universidade Presbiteriano Mackenzie no dia 1º de dezembro, das 8h às 17h, no Auditório Escola Americana (Rua Piauí, 130).
Segundo o Índice de Competitividade das Nações de 2013 (IC) divulgado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) no último dia 11 de novembro - pesquisa em que avalia os países de acordo com as condições sistêmicas de concorrência internacional -, o Brasil está em 39ª posição em uma lista com 43 países.
Ainda de acordo com a pesquisa, a nota do Brasil em 2013 - 21,5 pontos - só não foi pior que a de quatro países avaliados: Turquia (20 pontos, 40º lugar), Colômbia (19 pontos, 41º lugar), Indonésia (17,4 pontos, 42º lugar) e Índia (10,3 pontos, 43º lugar). Especialistas afirmam que essa colocação deve-se há falta de estímulo à tecnologia e inovação, investimentos em infraestrutura, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), além da educação.
O seminário tem por objetivo analisar estes e outros dados, bem como, a situação real do país, com base no modelo de sucesso da Califórnia, estado mais rico dos Estados Unidos, que possui sua prosperidade baseada, justamente, nos processos criativos e na geração de novos produtos pelas empresas em parceria com as universidades. País, este, que também lidera o IC de 2013 com 86,6 pontos.
Com o intuito de disseminar essa importância entre o poder público, a classe privada e a sociedade civil, o Seminário será presidido por Ozires Silva (Fundador e ex-Presidente da Embraer, ex-Presidente da Petrobrás, ex-Ministro de Estado da Infraestrutura e um dos articuladores da 1ª Lei de Incentivo à Inovação) e contará com a participação de Jorge Muzy (presidente do Instituto Valor), dentre outras personalidades.
“Vamos debater quais são os obstáculos que o Brasil tem enfrentado para gerar inovação. Precisamos avaliar, por exemplo, porque os Estados Unidos, com a mesma idade e dimensão, no mesmo continente e com recursos naturais mais escassos do que o nosso país, conseguiu atingir um alto nível de desenvolvimento”, antecipa Muzy.
De acordo com o estudo Indicador da Sociedade da Informação (ISI), realizado pela consultoria Everis em parceria com a IESE Business School, o grau de desenvolvimento tecnológico do Brasil tem registrado um crescimento menor do que o de outros países latino-americanos. Os investimentos anuais em pesquisa atingiram US$ 24,2 bilhões, enquanto os Estados Unidos dedicam US$ 398,2 bilhões.
Também será discutido sobre ferramentas ainda pouco conhecidas e utilizadas, como o programa de incentivo regulado pela Lei 11.196 denominada “Lei do Bem”, que concede benefícios fiscais a empresas que tributam pelo lucro real caso apliquem os recursos em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
“Segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, somente 400 empresas utilizam. Mas não por falta de interesse, e sim por desconhecimento”, alerta Muzy. Ainda segundo o especialista, este seminário terá o papel de, justamente, formar uma ponte entre o poder público, a sociedade e a classe privada. Será um encontro da informação, dos tomadores de decisão, gestores e autoridades para esclarecimentos sobre a Lei, suas formas, desdobramentos e retorno.
- 21/11/2014
- portogente